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07/07/2013 15:13

 

Noé: Exemplo de Obediência

"E Noé fez tudo exatamente como Deus tinha ordenado" Gn. 7: 5

E a Bíblia fala assim de Noé: ele obedeceu a Deus em tudo. Noé foi abundante no obedecer. Lembro-me dos serventes, das bodas de Caná da Galiléia, que encheram as talhas que Jesus pediu até em cima. Assim, Jesus transformou aquela água que servia para purificação em vinho, no melhor dos vinhos. Como anda a minha obediência? Como anda sua obediência? Acerca de Noé, lemos que ele fez tudo que O Senhor ordenou. A obediência dele é um exemplo. A ordem para ele foi a construção da arca. Para nós, é pregar o evangelho a toda criatura.

Noé obedeceu a Deus, vivendo no meio de uma geração corrompida e violenta. Ele não encontrou eco, nem par na sua obediência. Deus olhou para a humanidade e só achou Noé. Daquela geração (Gn. 6:5), sabemos a grande maldade: que seus pensamentos eram malignos; bebiam, comiam, casavam-se e se davam em casamento, sem discernir o juízo que sobreviria (Mt. 24:37-42). Noé, porém, andava com Deus (Gn. 6:9) e obedeceu a ordem de Deus de construir a arca. A construção da arca demorou 120 anos. Não foram 120 dias, mas 120 anos. Ele perseverou em obedecer. Enfrentou zombarias e deboches, mas continuou obedecendo. Durante todo este tempo, ele foi pregoeiro da Justiça (II Pe. 2:5). Sua vida e a arca eram o "outdoor" da justiça de Deus na terra. Todavia, aquela geração continuou comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, e desobedecendo a Deus. Noé, por sua vez, obedecendo.

Como Noé conseguiu obedecer, vivendo naquele ambiente desfavorável? A resposta encontra-se em Hb. 11: 7: "Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, sendo temente a Deus, preparou uma arca para o salvamento da sua família; e por esta fé condenou o mundo, e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé". Ele obedeceu porque creu. Porque teve fé. Para se obedecer a Deus tem que se ter fé. Para se obedecer as ordens de um Deus que não se vê, é necessário fé. As coisas deste mundo cooperam para a desobediência. Quando desejamos desobedecer, encontramos facilidades, mas o caminho da obediência é estreito e difícil. Não foi fácil para Noé obedecer no meio daquela geração. Mas como podemos vencer o mundo? "...e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (I Jo. 5:4). Vivendo em fé: venceremos.

Outro aspecto da obediência de Noé foi que ele teve um parceiro que o ajudou obedecer. Este parceiro foi o próprio Deus. Deus mandou Noé construir a arca, porém Noé não poderia fazer chover. Deus o fez. Noé não podia fechar por fora a porta da sua arca. Foi Deus que fechou. Jesus falou em Mt. 11:29: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma". O jugo de que Jesus falou era posto em dois animais e estes puxavam o carro do arado. Preste atenção, era necessário que dois puxassem. Jesus falou: "meu jugo", significando "o jugo que levo". Jesus Cristo, do outro lado, me ajuda a carregá-lo. Por isso o jugo dele é suave. Deus ainda prometeu em I Co. 10:13 – "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramentode sorte que a possais suportar." Quando somos tentados a desobedecer Deus promete ser o nosso parceiro não permitindo que sejamos tentados além do que podemos nos suportar e ainda providencia o escape.

A obediência de Noé trouxe benefícios a sua família e a toda humanidade. A humanidade foi preservada do dilúvio, porque Noé obedeceu. Hoje vivemos, porque Noé sobreviveu ao dilúvio. Fica a lição de que a obediência a Deus traz benefícios em nossa volta. O contrário, a desobediência, traz malefícios e prejuízos. É melhor obedecer. Indo contra o senso e a geração de sua época, ele construiu a arca e foi a obediência que salvou-o, assim como a sua família e a humanidade.

Entretanto, a história de Noé apresenta uma mácula. Já em terra firme ele prosperou e plantou uma vinha. Bebeu do fruto da vide e se embriagou de tal forma que ficou nu, com as vergonhas de fora. Certamente falando bobagens. Um homem temente a Deus e cheio de fé desobedeceu a Deus neste momento. O fato de a Bíblia registrar este episódio de Noé, não me desanima quanto a obedecer a Deus, pelo contrário. Isto me mostra que Noé era gente como eu, passível de fraquezas, e foi este homem ,gente como a gente, que O Senhor usou para reescrever a história da humanidade. Isto me mostra que Deus pode me usar "apesar de já ter me embriagado em algumas vinhas". A desobediência de Noé me ensina que posso obedecer. Posso ser usado também como Noé o foi. "Se já me embriaguei", devo confessar a Deus o meu pecado e seguir avante. Porque tenho uma arca para divulgar a todas as nações e esta arca é Jesus. Devo convidar a todos que entrem na arca, porque o "dilúvio" se aproxima. A volta de Cristo está próxima. A geração de Noé é bem semelhante a nossa. Oremos a Deus para que sejamos "Nóes" no meio desta geração perversa.

 

 

Pr. Eber Jamil – I. B. N. P. – RJ e Dir. Ac. do Seminário Teológico Evangélico Peniel

 

 

O Caminho da Cruz

Na bíblia, no livro de Mateus no capítulo 15 verso 21 conta que um homem, Simão, o Cireneu, ajudou Jesus a carregar a cruz de Cristo, no dia da crucificação. O texto não revela a disposição daquele homem nem o seu grau de entendimento sobre a importância daquele momento no mundo espiritual, mas Jesus sabia que todo seu sofrimento tinha um propósito: salvar o homem, inclusive o próprio Cireneu. Este só podia ajudá-lo em um breve momento do seu sofrimento, mas jamais cumprir o papel de Jesus - Filho de Deus, pois Cireneu, assim como nós era pecador. Jesus veio para cumprir as profecias bíblicas que anunciavam a Sua vinda, a do Salvador que iria fazer o maior sacrifício de todos: derramar o Seu sangue no lugar de toda a humanidade. Impossível seria nos aproximarmos hoje de Deus não fosse esse imenso sacrifício feito em nosso lugar. Nós é que deveríamos morrer pelo nosso pecado, mas “Deus amou o mundo de tal maneira que enviou o Seu único Filho, para que todo aquele que Nele crer tenha a vida eterna” (João 3:16). Jesus veio para cumprir a vontade do Pai e para isso, Ele sofreu injustiças, desprezos, maus tratos na carne em nosso lugar. Tudo calado. Ressuscitou e hoje vivo está, sendo a única ponte entre nós e Deus. Até Cristo, o amado de Deus, o próprio Deus na terra, quando carregava àquela cruz que parecia insustentável foi ajudado por Cireneu, que foi designado por homens a carregar um pouco daquele peso. Se foi de boa ou má vontade, não sabemos. Importa saber que, chegando ao limite de nossas forças, se necessário, Deus pode levar alguém para nos ajudar na caminhada terrena. Pois na caminhada espiritual isso não é necessário, pois já temos Cristo o Salvador, nosso advogado. Afinal, foi para salvar o homem que Ele ressuscitou.                                                                                       Tatiana Miranda               


”Deus te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te conceda graça; o Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz”. (Números 6:24 a 26)

 


 

 

Quem é Deus?

Na intenção de dar vazão a sua curiosidade e  de dar  conta do  desejo  de  tudo   poder explicar, explicar para conhecer e conhecer para dominar, é que o homem se coloca numa dimensão obscura e se põe a perguntar: Quem é Deus? Para que Deus existe? Por que ele existe?  Como ele passou a existir?  O que ele faz pelo homem?   São  interrogações   que revelam a curiosidade do homem em querer chegar ao desconhecido, ao que  se encontra para além das vias do visível.  Por outro lado, pode-se compreender que o homem, diante de tudo aquilo que se torna sensível  ou  que  chega  ao  seu  cognoscente,  ele  sempre deseja impor sua dominação, dominação  que  revelam  suas  intenções.   Por  decreto  o homem surge para dominar, torna esse fato, característica da própria vida humana, o que fica claro no relato do  livro  de (Gn. 1:28),  quando fala: “E  Deus  os  abençoou  e  lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal  que  rasteja pela terra”.  A  questão fundamental da citação  acima, está no  ato  de  dominar.  O  ato  de  dominação,  nesse contexto, revela uma situação de soberania do homem, para se tornar,  mais  tarde,  uma questão de sobrevivência, como relata o livro de Gênesis: (...) maldita é a  terra  por  tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os  dias  de  tua vida.  (Gn. 3.17) Tal situação, leva o homem a  temer  a  morte,  pois  este  se  colocou  sujeito  à  causa  da mortalidade. Depois da queda, a dominação tornou-se um instrumento de  confronto  mais abrangente, ou seja, não só voltada contra a natureza, mas do homem  contra  o  próprio homem, como relata o livro de Gênesis: o teu desejo será para  o  teu  marido,  e  ele  te governará (Gn. 3.16), e contra a vontade divina: Então, disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem (...) (Gn. 6:3). Torna-se uma disputa  de poder que se efetiva na agonística. Esta condição coloca esse homem, como  indivíduo  que  se oculta um do outro para não ser descoberto e  dominado, a  mesma  coisa  acontece  em relação ao divino. Deus lança o homem para fora e se oculta  deste  sobre  a  terra, como relata Gêneses 3: 23 “O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardim do  Éden (...)”.  O ato de ser lançado fora, mostra as condições do homem após a queda, à ameaça que ele representa a partir de  sua  intenção  dominadora  no  mundo.  O  homem  se  lança  num desvario tão forte, que Deus deseja   destruí-lo  com  o  dilúvio.  Gn. 6.6 e Gn. 6.17  Essa condição de perigo, de um homem dominador pode ser comprovada  quando  da  fundação da Torre de Babel: Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade  e  uma  torre  cujo tope chegue até aos céus e  tornemos  célebre  o  nosso  nome, para  que  não  sejamos espalhados por toda a  terra.  Gênesis 11:4   Sabendo  dessa  condição  humana,  de  um dominador caído, é que Deus inspira Salomão a afirmar que sua glória está  em  ocultar as coisas, e a do homem esquadrinhá-las.  Pv. 25:2.  Esta  confirmação  se  vê  no  livro  de Gêneses: Deus impede que o homem tenha  livre acesso  ao   conhecimento:  “E, expulso  o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida”. Gn. 3.24 Os querubins e a espada representam os obstáculos que precisam ser superados pelo trabalho. Com isto, o homem é condenado à tarefa que requer esforço, que necessita de rigor, dedicação, insistência, questionamento, deformação, transformação...  se este  deseja  avançar  em direção  ao conhecimento para além de uma realidade dada e chegar até o conhecimento de Deus.  É no trabalho e pelo trabalho que o homem se educa e é educado, e aprende a lidar com as coisas enobrecendo sua existência. É por esta  ação  que  as  coisas  ocultas  tornam-se visíveis. Podemos ratificar essa questão na fala  de  Jesus  dizendo:  “Mas ele lhes disse: Meu Paitrabalha até agora, e eu trabalho também.” João 5:17  O trabalho  é  a  condição primordial para o homem aprimorar sua conduta e chegar a Deus.  Foi  pelo  trabalho  que mundos foram construídos; foi pelo trabalho que a porta  da  Salvação  se  abriu  para  o homem; foi pelo trabalho e no  trabalho que Jesus Cristo conquistou a redenção.  Quando a Bíblia fala que é de graça a salvação, isso não está dizendo  que  é  sem  esforço,  sem trabalho que se consegue chegar ao entendimento e a fé de que somos salvos ou de  que precisamos ser salvos, pelo contrário, é com muito trabalho que  se  consegue  chegar  a esta dimensão de conhecedor de salvo, para então se entender o que é ser salvo. Veja o que diz Mateus: “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.” Mt 11:12. Uma outra palavra de  Jesus a este respeito, foi quando ele falou: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão. Gn. 13.24. Não é  um  trabalho  de caridade, mas um trabalho relacionado com a  questão  do  entendimento  dos  planos  e desígnios de Deus, um trabalho, como fala Jesus: “para dar ao seu povo conhecimento da salvação, redimi-lo dos seus pecados...” Lc. 1:77.  Não  estamos  aqui, querendo  afirmar que o homem seja  salvo  pelos  seus  próprios  méritos,  mas  que  para  chegar  a  essa salvação, ele precisa conhecê-la, e para conhecê-la precisa trabalhar para isso.  Um  dos trabalhos mais árduo para se chegar ao plano da salvação,  conhecê-lo  e  se  viver  nele está inserido na questão da negação: “Então, disse Jesus  a  seus  discípulos:  Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue,  tome  a  sua  cruz  e  siga-me. ”Mt. 16:24   Um outro  tipo  de  trabalho,   que  muitos  têm  considerado  tão   comum   mais  que  é  de fundamental importância, é o ato de ouvir.  Para se ouvir,  é  preciso  educar  a  atenção para  que  ela  não  prejudique  a   compreensão   e   por   outro   lado,   não  ofusque  o conhecimento. Quando Jesus fala do trabalho de ouvir, ele dá um  tom  especial  dizendo: “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois  incapazes  de ouvir a minha palavra.” Jo. 8:43. Um outro trabalho que  é  necessário  se  esforçar  para exercitá-lo,  e  que  Jesus   enfatiza  de  forma  categórica,  é  aquele  que  possibilita  o conhecimento fluir: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu  interior  fluirão  rios de água viva. ” Jo. 7:38.  Ora,  o  homem  só  pode  crer  naquilo  que  conhece,  e  para conhecer é preciso buscar, trabalhar para isso. Ou seja, o trabalho  de  crer c omeça  em cima das Escrituras, nos livros, nos relatos  e  nas  experiências  narradas.  Tal  condição leva-nos a entender que a salvação do homem vem por  Jesus  Cristo,  mas  isto,  a  pós  ter ouvido e crido, e não antes. Só aí, percebemos dois tipos de trabalho que  o  homem necessita realizar, o trabalho que tem  de  fazer  para  ouvir,  e  o  trabalho  que  tem de realizar para acreditar. Fechando este círculo, citamos ainda um  outro  tipo  de  trabalho que exige do homem esforço e rigor bastante acentuado para  que  este  possa  seguir  a Jesus: foi quando Jesus encontrando com o jovem rico lhe disse: Se queres  ser  perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Mt 19:21  É no trabalho rigoroso que se pode ter resposta a estas perguntas: Quem é Deus? Para que Deus existe? Por que ele existe? Como ele passou a existir?  

O conhecimento para se chegar à dimensão divina não vem sem esforço, sem trabalho.  Deus deseja se revelar ao homem. O homem precisa seguir nesse instante o percurso normal do seu trabalho, que é o esforço, a dedicação, a coerência, o rigor, a persistência... na investigação das escrituras. Só desta forma ele poderá conhecer ou entender os seus questionamentos. Deus falando ao profeta Jeremias, ele diz: “mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor. Jr 9:24. Os questionamentos sobre Deus mostram, justamente, o desejo que o homem tem de conhecer esse Deus, e por outro lado, Deus também  deseja que o homem lhe conheça, mas não caído, nas suas intenções tendenciosas de dominação, mas no momento em que este homem entra pelo caminho do esforço, do trabalho, da dedicação em busca do divino. Desta forma, não haverá mais motivos para que Deus se oculte, já que o homem está trabalhando e sendo trabalhado no trabalho que lhe aproxima do próprio Deus. Ele está se educando e sendo educado no própria exercício de suas investigações. O homem, dessa forma, passa a entender e conhecer a dimensão divina. Torna-se necessário, a cada um que deseja conhecer Deus, seguir os conselhos do profeta Oséias, quando ele diz: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR (...)” Oséias 6:3, e não parar simplesmente nas indagações.

                        Luiz Dias (Professor - Seminário Peniel e Seminário Unido)

                                   

 

 

 

 

Oração e Jejum                                                                                                                                    

                                                                                                                                            Igreja Batista Itacuruçá - junho2007As experiências espirituais, por mais arrebatadoras que sejam, não nos são normativas. A Bíblia é que o é. O princípio se aplica ao tema do jejum, que nos ajuda a expressar, aprofundar e confirmar que estamos prontos para nos sacrificarmos para alcançar o que buscamos para o Reino de Deus (segundo a definição de Andrew Murray). O jejum é uma prática voluntária, na decisão e na extensão. Não é requerida por Deus, a exemplo do celibato e do martírio. Muitos, muitísimos, homens e mulheres da Bíblia (e da história cristã) jejuaram (como Davi - cf Salmo 35 e 109), mas nela não encontramos Deus nos pedindo jejum. Nem mesmo Jesus o fez. No Antigo Testamento, Deus fixa o Dia do Perdão (Yom Kippur), que acabou acompanhado de jejum, mas ele não está prescrito em Levítico 16 e 23, que estabelece o Dia do Perdão. Os judeus, já no exílio, criaram outros quatro jejuns anuais (Zacarias 8.19), além de outros jejuns ocasionais. João jejuava regularmente; Jesus, não. (Mateus 11.18-19). Não somos judeus. O jejum não amarra a Deus. Não façamos como os contemporâneos de Isaías, que perguntavam: [Senhor, ] "por que jejuamos (...), ‘e não o viste? Por que nos humilhamos, e não reparaste?’ (Isaías 58.3) Jesus não recomenda o jejum, mas parte do pressuposto que seus seguidores o fazem e nos adverte do perigo implícito da vaidade que apode acompanhar a abstinência ("Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já receberam sua plena recompensa. Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o rosto, para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará" [Mateus 6.16-18]). Quantos cristãos sinceros eu conheço que jejuam? Nenhum. Por seguirem à risca todas as instruções de Jesus sobre a prática, os cristãos sinceros que jejuam não permitem que os outros fiquem sabendo que eles jejuam. É por isto que não conheço nenhum cristão sincero que jejue. Quer jejuar? Jejue, mas não me diga, nem me deixe saber. Jejum não é uma prática constante; a oração, sim. ("Jesus respondeu: "Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão". [Mateus 9.14 ; cf. Marcos 2.18-20; Lucas 5.33-35]) Portanto, o jejum espiritual é companheiro da oração. Sem ela, tem efeitos medicinais ou de auto-disciplina, mas não espirituais. Jejum faz parte do processo de santificação, não sua negação. E santificação se evidencia na busca pela obediência a Deus, no relacionamento com Ele (humildade e pureza para a intimidade com Deus) e com o próximo (respeito e misericórdia para a produção da justiça). É por causa do desvio para o jejum ritualizado que os profetas gritam ("No dia do seu jejum vocês fazem o que é do agrado de vocês, e exploram os seus empregados. Seu jejum termina em discussão e rixa, e em brigas de socos brutais. Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto. Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor? O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo?" [Isaías 58.3b-8]; "Assim diz o Senhor dos Exércitos: "Os jejuns do quarto mês, bem como os do quinto, do sétimo e do décimo mês serão ocasiões alegres e cheias de júbilo, festas felizes para o povo de Judá. Por isso amem a verdade e a paz". [Zacarias 8.19]) O jejum pode acompanhar, como demonstração concreta, nosso arrependimento dos pecados, nossos e dos outros, como na maior parte dos textos bíblicos relacionados ao tema ("Então todos os israelitas subiram a Betel, e ali se assentaram, chorando perante o Senhor. Naquele dia jejuaram até a tarde e apresentaram holocaustos e ofertas de comunhão ao Senhor" [Juízes 20.26]; "Quando eles se reuniram em Mispá, tiraram água e a derramaram perante o Senhor. Naquele dia jejuaram e ali disseram: "Temos pecado contra o Senhor" [1Samuel 7.6a]; "Então Esdras retirou-se de diante do templo de Deus e foi para o quarto de Joanã, filho de Eliasibe. Enquanto esteve ali, não comeu nem bebeu nada, lamentando a infidelidade dos exilados" [Esdras 10.6] ; "No vigésimo quarto dia do mês, os israelitas se reuniram, jejuaram, vestiram pano de saco e puseram terra sobre a cabeça" [Neemias 9.1]; "Quando Acabe ouviu essas palavras [de que era abominável diante de Deus por sua infidelidade], rasgou as suas vestes, vestiu-se de pano de saco e jejuou. Passou a dormir sobre panos de saco e agia com mansidão" [1Reis 21.27]; "Os ninivitas creram em Deus. Proclamaram um jejum, e todos eles, do maior ao menor, vestiram-se de pano de saco" [Jonas 3.5]; "Decretem um jejum santo; convoquem uma assembléia sagrada. Reúnam as autoridades e todos os habitantes do país no templo do Senhor, o seu Deus, e clamem ao Senhor" [Joel 1.14, cf. Joel 2.12, 15]. "Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza. Orei ao Senhor, o meu Deus, e confessei" [Daniel 9.3-4a]). Jejuar é abster-se do essencial (alimento durante um período determinado), mas também de todo desperdício. Jejum tem a ver com o quanto comemos (quando surgiram as balanças nos restaurantes, descobri, para minha vergonha, quantos gramas eu comia no almoço), com o que gastamos o nosso dinheiro, com as prioridades de nossa agenda diária, com o destino (quantas digo que não deveria ter dito!) de nossas palavras. Jejuar é também não comer em excesso, não reter recursos (dinheiro, talentos, dons) que foram entregues à nossa administração, não deixar a noite simplesmente ir vencendo o dia (como se não houvesse um propósito para a vida). Podemos precisar de um jejum para entender algumas coisas que acontecem conosco. Neemias jejuou quando soube como estava Jerusalém ("Quando ouvi essas coisas, sentei-me e chorei. Passei dias lamentando-me, jejuando e orando ao Deus dos céus" [Neemias 1.4]). Paulo agiu assim após a sua dramática conversão. ("Por três dias ele esteve cego, não comeu nem bebeu" [Atos 9.9]). Podemos precisar de um jejum como forma de lamento pelo nosso sofrimento. ("E se lamentaram, chorando e jejuando até o fim da tarde, por Saul e por seu filho Jônatas, pelo exército do Senhor e pelo povo de Israel, porque muitos haviam sido mortos à espada" [2Samuel 1.12]). Podemos precisar de um jejum como uma forma de intercessão, que é oração pelos outros, dentro e fora da família. Davi orou e jejuou por seu filho e não foi ouvido. ("Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão" [2Samuel 12.16]); Esdras jejuou em favor de uma missão próxima. ("Ali, junto ao canal de Aava, proclamei jejum para que nos humilhássemos diante do nosso Deus e lhe pedíssemos uma viagem segura para nós e nossos filhos, com todos os nossos bens. (...) Por isso jejuamos e suplicamos essa bênção ao nosso Deus, e ele nos atendeu" [Esdras 8.21, 23]. Ester pediu que orassem e jejuassem porque corria perigo, mas iria agir ("Vá reunir todos os judeus que estão em Susã, e jejuem em meu favor. Não comam nem bebam durante três dias e três noites. Eu e minhas criadas jejuaremos como vocês. Depois disso irei ao rei, ainda que seja contra a lei. Se eu tiver que morrer, morrerei" [Ester 4.16; cf. Ester 4.3; 9.1]). Podemos precisar de um jejum como um tempo de conexão maior com Deus para podermos ser por Ele orientados. ("Alarmado, Josafá decidiu consultar o Senhor e proclamou um jejum em todo o reino de Judá" [2Crônicas 20.3]; "Estava ali a profetisa Ana. (...) Nunca deixava o templo: adorava a Deus jejuando e orando dia e noite" [Lucas 2.36-37]). Podemos precisar de um jejum quando estamos para tomar uma decisão muito importante, seja no plano individual, seja no plano comunitário, como forma de demonstrar nossa dependência (individual e coletiva) de Deus. ("Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: "Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado". Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram" [Atos 13.2-3]; "Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado" [Atos 14.23]). Podemos precisar de jejum quando a tarefa a ser executada por nós é maior do que a nossa capacidade e precisamos ser revestidos de mais poder. Embora os discípulos de Jesus regularmente não jejuassem, houve um momento em que Jesus disse que só fariam o que precisassem fazer com oração (prática constante) e com jejum (prática especial). ("Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível. Mas esta espécie só sai pela oração e pelo jejum" [Mateus 17.20-21]). Podemos precisar de um jejum de nós mesmos. Precisamos de mais de nós mesmos, para que o Espírito Santo nos guie. O próprio jejum pode ser mais de nós, e não menos de nós, como deveria ser. A vaidade tem muitas formas de se manifestar; jejuar demonstrando é uma das mais poderosas tentações, como o revela a parábola do publicano e do fariseu, que jejuava duas vezes por semana e dava o dízimo de tudo quanto ganhava (Lucas 18.12). Jejuar é ter menos para ser mais. Quando jejuo, nego que minha felicidade vem da comida, da bebida, do dinheiro. Minha felicidade vem da liberdade de me abster de comer e não de comer o que eu quero; de me calar e não de falar o que eu quero; de me exceder (por que dízimo e não quinto) na generosidade e não na retenção. O jejum de alimento não é para todos. O jejum de alimento é para quem tem saúde capaz de resistir, sem dano, a um longo tempo sem ingestão de comida. Os outros jejuns são para todos. Sem ignorar o valor do jejum de alimentos, alguns de nós precisamos (e esta é uma decisão que vem do coração que se conhece e não se engana) de outros jejuns. Jejum tem a ver com a boca, mas não só com a boca, porque também com os olhos, com as mãos e com o bolso. Quem sabe, alguns precisemos de um jejum de palavras. Jejua de palavras quem, sabendo o poder delas, abstém-se de as dizer. O jejum de palavras termina em não dizer, mas começa em não pensar, que começa em não desejar. Se você não deseja comentar a vida de alguém, aí começa o seu jejum. Se você não pensa mal de alguém, você não fala mal de alguém. Ouça suas próprias palavras e meça como está o seu coração. (Quanto mais penso mais me convenço: mais e melhor eu falo quando me calo.) Quem sabe, precisemos alguns de nós de um jejum de ódio. Tem sobrado ódio em nossos corações, por que não um jejum de ódio? Tem sobrado egoísmo em nossas práticas, por que não um jejum de egoísmo? Tem sobrado curiosidade cúpida em nossos olhares, por que não um jejum de olhar? Tem sobrado julgamento (do outro) em nossa razão, por que não um jejum de razão? Tem sobrado palavras que não edificam (a nós mesmos e aos outros) em nossos lábios, por que não um jejum de palavras? Tem sobrado críticas às ações dos outros, por que não um jejum de críticas? De que você precisa jejuar? De alimentos, para não ser dominado por ele e tem mais tempo para Quem deve controlar suas vontades? Jejue deles. De desejos, que afastam você da busca maior de sua vida? Jejue deles. De pensamentos de auto-piedade, ao não se sentir amado? Jejue deles. De sua auto-suficiência, que o torna um idólatra de si mesmo? Jejue dela. De palavras que sujam? Jejue delas. De tristeza quando não é reconhecido? Jejue dela. De que mais? Jejue. Talvez estas espécies de práticas, de tão enraizadas, só deixarão você com oração e jejum (Mateus 17.21).  

 

 

O Sal que Adoça

"Então saiu ele ao manancial das águas e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Tornei saudáveis estas águas; já não procederá daí morte ou esterilidade." (II Reis 2:20)Nosso Senhor Jesus Cristo de certa feita perguntou: "Pode uma árvore boa dar fruto ruim?" Obviamente que segundo a sua natureza cada árvore dará o seu fruto, ou seja, de uma árvore boa somente se poderá esperar que haja fruto bom. No entanto, infelizmente, existe uma maneira de que até mesmo uma árvore boa venha a produzir frutos ruins, e esta forma seria contaminando o solo em que está plantada a árvore, pois se o solo estiver contaminado os frutos serão igualmente contaminados. E uma das maneiras mais comuns de se contaminar o solo é estar contaminada à água que irriga este solo. Águas ruins ou inadequadas só poderão nos trazer frutos ruins ou inadequados. Há solos contaminados e até mesmo envenenados por terem as suas fontes ou mananciais contaminados ou envenenados.

Neste texto bíblico encontramos que uma cidade chamada Jericó, mais conhecida pela queda de seus muros, por sua destruição e ruína do que pelas suas águas, das quais se diz que eram ruins ou amargas, e por isso vivia uma verdadeira maldição de não habitabilidade. E por que a habitabilidade dela era comprometida? Penso eu que não teria sido somente porque um dia ela fora arruinada ou destruída, pois isto não impediria de ser restaurada ou reconstruída, no entanto o fato de ter águas amargas, isto é, ruins ou impróprias, inviabilizava viver adequadamente nesta cidade. Jericó de fato era uma cidade amaldiçoada, ela fora amaldiçoada por Josué. Mas um dia vindo um profeta maior que Josué revogou aquela maldição e a abençoou, porque vindo o grande profeta Eliseu, este trouxe solução ao problema daquela cidade. E como a trouxe? De uma maneira no mínimo inusitada! Pediu que lhe trouxessem sal numa bandeja de prata, lançou sal sobre as águas de Jericó, e salgando as águas tornou-as doces. Naquele dia para espanto de todos o sal, que normalmente salga, adoçou as águas de Jericó. O sal trouxe a doçura. A Palavra de Deus nos diz que nossas palavras devem ser sempre temperadas com sal, e que as palavras dos sábios vêem em bandejas de prata, assim usemos palavras sábias e proféticas e desta forma como Eliseu traremos sal em bandeja de prata e lançamos o sal nas águas das fontes dos corações com fé que este salgar de nosso pregar trará como conseqüência o adoçar nossas águas, o sarar de nossos rios e o curar de nossas fontes, trazendo saúde aos nossos reservatórios e vida a nossas família, igrejas, cidades e até mesmo nações, pois sempre que nossas palavras sejam temperadas, isto é, equilibradas, edificantes, brandas e sanas, elas trazem doçura como conseqüência.Eliseu trouxe cura para aquela cidade, assim trouxe fortalecimento e saúde para suas árvores e a sua gente, e nesta mesma cidade um dia de uma grande árvore Jesus colher o fruto que mais lhe agrada, colher a vida de Zaqueu, salvando-o. Elias trouxe cura a fonte e Jesus curou a alma e o corpo de sua gente como na cura do cego de Jericó, Bartimeu. Era plano divino que a amaldiçoada Jericó, fosse abençoada pela presença de Cristo e pela manifestação de seu poder. Jericou foi amaldiçoada com razão, ela merecia ser amaldiçoada, mas com muito mais razão, e esta razão é a mesma que impulsiona o mover da graça estendida a nós, foi abençoada pela graça misericordiosa de Deus, pois a única coisa que pode frear, fazer frente ou mesmo vencer a Justiça e o Juízo de Deus é o Seu onipontente amor por nós.Nossos corações são fontes que por vezes estão amargas, corações contaminados e envenenados pelo que sai de nossas bocas, mas se salgarmos as nossas palavras com o sal da temperança da Palavra de Deus, certo é que estas fontes de vida serão de águas doces do Espírito Santo de Deus.A contaminação dos mananciais de Jericó produziam duas coisas águas más e esterilidade, e a sua cura produziu águas boas e fertilidade, logo a fertilidade está ligada a saúde de nossa fonte, fontes sãs produzem terra fértil. Se a terra não é fértil há de sarar-se suas fontes para torná-la fértil, e há de se usar estas mesmas fontes para irrigando a terra e nela semeando abundantemente colhermos o abundante resultado de sua fertilidade.

Portanto ninguém nos acuse ou se preocupe de salgarmos as águas da vida, pois assim iniciamos um processo de adoçar as águas e por fim adoçar o fruto. E tanta vida e doçura traremos salgando, que as árvores já não serão apenas boas, elas passarão a ser excelentes, pois no livro de Catares encontramos que os frutos do Jardim do Senhor são excelentes, e frutros excelentes são produzidos por árvores excelentes. E assim ganharemos muitas vidas para Cristo, pois quem beber destas águas e provar destes frutos sempre voltará!!!

Pr. Aluizio de Moraes Filho- Dir. IFC - Instituto de Formação Cristã -RJ

aluiziomoraes@hotmail.com

 

 

A Bênção da Expansão

“Alargue Deus a Jafé, e habite Jafé nas tendas de Sem, e seja-lhe Canaã por servo.” (Gn 9:27)

Quando fui a Europa pregar Deus colocou em mim uma forte impressão sobre aquele chamado Velho Continente. Quase que poderia afirmar que Deus me revelara em meu espírito um chamado do Senhor para o continente europeu. A Europa deveria atender o chamado do Senhor e despertar-se para fazer a Sua perfeita vontade.

Quando Noé dividiu profeticamente o mundo entre seus três filhos proclamou a seu filho Jafé que fosse engrandecido, e esta palavra significa expansão, isto quer dizer que não apenas receberia a sua parte da herança como também ira expandir ou alargar as suas fronteiras, habitando nas tendas de Sem e tendo Canaã como seu servo, isso é uma unção de expansão, de dilatamento, de conquista e domínio. O próprio nome Jafé tem um interessante significado que é belo. A beleza é um conceito de perfeição, e a perfeição é uma idéia de algo completo, algo inteiro, isto é de um padrão de excelência em tudo o que é e o que faz. Homens como o patriarca Noé não davam o nome a seus filhos por acidente, nem diziam palavras a estes para expressar o mero desejo de seus corações, eles viviam no profético, e davam os nomes de seus filhos bem como davam palavras a estes num verdadeiro ato profético. Jafé desta maneira recebe a bênção da excelência e da expansão dos seus domínios, que é dado por herança a seus descendentes, pois se entende não só a pessoa de Jafé como em Jafé os filhos de Jafé. Sem fica no Oriente Médio, o que representaria de forma geral a Ásia, Cão, e mais especificamente na pessoa de seu filho Canaã, se dirige ao Egito, o que representaria a África, e Jafé vai para o norte de onde eles se encontravam em direção ao que hoje chamaríamos de Europa ou mesmo Ocidente. Portanto podemos dizer que neste sentido os filhos de Jafé têm esta bênção de excelência e da dilatação ou expansão das suas fronteiras, uma poderosa unção de conquista. Historicamente comprovamos esta verdade bíblica, e chego a crer que o inimigo sabendo disto tem buscado fazer com que os filhos de Jafé abdiquem de sua herança, pois sendo uma herança de excelência e de conquista quando aplicada ao trabalho do Reino, e em especial a obra missionária e evangelística, significaria algo de grandioso. 

Creio que é chegado o momento de despertamos mais uma vez os filhos de Jafé, quando os latinos, e os demais membros das Américas e Oceania, ex-colônias européias, e desta forma em certo sentido também filhos dos europeus, filhos de Jafé, venham a tocar as trombetas de despertamento e convocação, bem como a reacender a chamas da conquista, provocando as ondas de expansão e assim dilatando as fronteiras do Reino de Deus pela igreja gentílica e missionária por toda a terra. No entanto não podemos deixar de nos lembrar de que de fato é filho de Javé quem o é em fé em seu espírito e não apenas que o seja por nascimento, porém isto não anula o destino profético que devemos lutar para que ocorra na Europa, que tem sido conquistadora na política, economia e cultura; ela precisa ser espiritualmente conquistadora e expansionista na dilatação das fronteiras do Reino de Deus. Há de se avivar a Europa, e não só na Europa bem como em todo o mundo, há de se despertar os filhos de Jafé para exercer o seu direito de herança, em excelência e a conquista, numa excelente expansão do Reino por todas as terras tanto suas como de Sem e de Cão, isto é por todo o mundo.

Pr. Aluizio de Moraes Filho- Dir. IFC - Instituto de Formação Cristã -RJ

aluiziomoraes@hotmail.com

 

 

O Poder de se ter um Coração Segundo o Coração de Deus

 "Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade" (At 13:22b)Que tremendo contraste de quando as Sagradas Escrituras nos dizem que "Deus procurou um homem e não o achou" com este texto que diz que Deus achou Davi. É certo pelos salmos que Davi era um homem que buscava a Deus, mas ele também foi um homem buscado por Deus e achado pelo Senhor. Por ser um homem segundo o coração de Deus ele podia fazer toda a vontade de Deus. Já que também desejamos fazer toda a vontade de Deus em nossas vidas, é justo afirmar que isto somente será possível se igualmente tivermos um coração conforme o coração de Deus. Para tal devemos Ter um verdadeiro "culto racional", onde "entregamos os nossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, para experimentarmos (vivermos) qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para a nossa vida." Este coração somente é alcançado com sacrifício. Deus nos prometeu "tirar o coração de pedra e por em seu lugar um coração de carne". Porém, muitas vezes o coração de pedra pode até ser mais resistente aos golpes da vida, mas o coração de pedra é na realidade um peso que carregamos no nosso peito, e acima de tudo ele é um coração morto. Um coração de pedra é insensível, mas um coração de carne é sensível; um coração de pedra é frio, mas um coração de carne é quente; uma coração de pedra é duro e bruto, mas um coração de carne é macio, brando e suave, um coração de pedra é pesado e um coração de carne é leve; um coração de pedra pode não se ferir, mas ele fere a outros, pode não sangrar, mas ele sangra a outros, um coração de pedra é apedrejador e um coração de carne é acolhedor; um coração de pedra é morto e um coração de carne é vivo.Davi sabiamente pediu a Deus um novo coração dizendo: "Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável", a semelhança de quando na criação foi formado primeiro homem, que Deus primeiro criou o corpo, a carne, e depois soprou o espírito, e no mesmo mover da visão do vale de ossos secos, onde primeiro Deus restaurou a carne e depois restaurou o espírito. Bem disse Davi "Cria em mim!" e não "Dá-me!", pois criar é mais do que dar. Quando se dá entrega-se algo que já existe, quando se cria, traz-se a existência algo que não existia, e um coração puro num homem é algo que não existe, portanto tem que ser criado, e necessita de um espírito inabalável para puro manter-se. Estes "puros de coração serão aqueles bem-aventurados porque verão a Deus". E já que "sem santidade ninguém verá a Deus", ser puro de coração é viver santidade.Deus nos dá um coração de carne, mas não um coração carnal, ou seja dominado pela carnalidade. Para isto Ele opera em nossos corações, circuncidando-os. O circuncidar é o mutilar, o cortar o prepúcio e laçar fora. O prepúcio é que "fecha" e faz estar coberto, envolvido, dominado pela carne, portanto circuncidar é cortar a carne, ou melhor, em se tratando do coração é cortar o que impede de termos um coração aberto, aberto para Deus, que nos pede como Pai que "venhamos a dar-LHE o nosso coração".Jesus deseja que "Dele aprendamos, pois Ele é manso e humilde de coração, para que alcancemos descanso para as nossas almas." Davi pode Ter tido um coração segundo o coração de Deus, mas Jesus, sendo Deus, tem o coração de Deus. E se desejamos ser como Davi devemos nos basear não somente em Davi, mas no coração a que ele conformou o seu coração, o Coração de Deus, o Coração manso e humilde de Jesus.Ser manso é mais do que ser calmo ou tranqüilo, ser manso é a capacidade de sofrer afrontas e não se abalar jamais. pois a mansidão é oriunda da total segurança de que temos que Deus sempre nos dará a vitória. Ser humilde é mais que ser modesto, é a característica de ser totalmente carente, dependente de Deus.Um coração convicto em fé de que "todas as coisas cooperam para bem dos que amam ao Senhor", de que "se Deus é por nós, quem será contra nós?", sabendo que "Ele sempre nos conduz em triunfo", e assim somos "mais que vencedores", porque "agindo Deus quem impedirá?" Por isso "quando somos fracos", dependentes, "aí então é que somos fortes", e por isso somos bem-aventurados pois "os pobres ou humildes de espírito", os carentes, ou melhor, os totalmente dependentes de Deus "deles é o Reino de Deus", e por serem mansos ainda "herdam a terra". Já são donos dos céus e serão senhores da terra.

Pr. Aluizio de Moraes Filho- Dir. IFC - Instituto de Formação Cristã -RJ

aluiziomoraes@hotmail.com

 

 

A Fuga do Mar

Algumas vezes estamos como o Povo de Israel ao sair do Egito, logo que escapamos de um problema nos vemos atacados por outro e com a horrível possibilidade de voltar ao mesmo estado do qual saímos. E embora nos encontremos cercados pela proteção divina não conseguimos ver saída alguma. Mas aonde não há saídas, Deus sempre cria uma saída para nós.
O Povo de Israel simboliza a nós mesmos, Moisés os homens de Deus que nos lideram, faraó e seu exército tudo e todos que nos perseguem, e o mar seria o mundo.
Naquele dia o mar fugiu! O que o mar viu para que fugisse? Biblicamente podemos apontar algumas coisas que o mar teria visto para que fugisse. Primeiramente o mar viu o povo de Deus marchando, marchando em direção a ele, avançando contra ele, e por isso o mar foi inteligente o suficiente para fugir, saindo da frente do povo em marcha. O povo de Israel fugia de faraó e seu exército, que por sua vez eram mais fracos que o mar, uma vez que o mar os derrotou e matou; e fugindo de faraó teve que marchar contra o mar, e o poderoso mar fugiu. Deus por vezes para nos dar vitória contra uma dificuldade nos dá primeiro uma vitória contra uma impossibilidade, e nesta vitória nos dá também aquela vitória. Quando o mar foge de nós ele logo irá atacar os nossos perseguidores, portanto se tornará nosso aliado. Em segundo lugar, o mar viu a mão de Moisés levantada contra ele, e por isso fugiu. A Bíblia nos diz que Deus libertou o Povo de Israel pelo braço de Deus e pela mão de Moisés, assim quando se vê a mão de Moisés sabemos que seguindo a mão estará o braço, e a força do golpe está mais no braço do que na mão. Em terceiro lugar o mar viu os ossos de José, e fugiu. O mar recuou diante dos ossos daquele que recuara diante do pecado, o mar fugiu diante dos ossos daquele que fugira da imoralidade. O mar não recua apenas por causa do presente, ele foge também por causa do passado, do testemunho dos que vieram antes de nós. Que alguém venha a ressuscitar mortos enquanto vivo é sempre um grande milagre, mas que alguém venha a ressuscitar mortos depois de morto é um milagre extraordinário. O profeta Eliseu não só ressuscitou em vida, mas mesmo depois de morto ressuscitou mortos, pois caindo o morto sobre seus ossos, ao tocar nos ossos foi ressuscitado, fugindo a morte diante dos ossos do profeta. O testemunho de um homem de Deus é mais poderoso do que a morte, porque mesmo que morra o homem a unção de seu testemunho permanece viva. E por último, o qual é o supremo motivo, o mar viu que Deus estava no meio deles, que Deus era por eles, e vendo a presença de Deus com eles e imediatamente no temor reverente da criatura diante do Onipotente Criador fugiu.

Pr. Aluizio de Moraes Filho- Dir. IFC - Instituto de Formação Cristã -RJ

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O Suor da Alma

Eu amo a prática da pregação, mas na Bíblia não há registro de Jesus ensinando os seus discípulos a pregar, porém Ele os ensinou a orar. Logo isto pode significar o quão primordial é esta prática de vida para qualquer tipo de ministério. Martinho Lutero disse uma vez : “ A oração é o suor da alma!” e eu creio que ele estava totalmente certo. A sentença de Deus ao homem foi de que este “comeria o seu pão do suor de seu rosto...” Muitos não estão tendo o seu pão cotidiano porque não estão dispostos a suar por ele, e esta regra se aplica plenamente à nossa vida de oração e as suas conseqüências em nosso ministério. Este arado com o qual aramos a terra que iremos semear é a oração, devemos colocar nossas mãos nela e não olharmos para trás. Eu estou seguro de que os céus sempre terão ouvidos para nos ouvir se nós tivermos boca para orar. Orando com a boca, mas orando também com o coração, pois a boca fala do que está cheio o coração. De fato a nossa oração tem que significar algo para nós se desejamos que ela também signifique algo para Deus, e portanto, precisamos orar com paixão, movidos de fortes emoções e de inabalável fé, isto é, orar com um espírito fervoroso, com uma alma que sua, que se esforça em oração. Precisamos orar e orar muito, ou melhor, orar sem cessar. Não é muito orar que é condenado e sim o muito falar ou o mero ato de repetir mecanicamente crendo que por este motivo seremos atendidos em nossas petições. O pequeno valor que alguém dá a oração torna-se claro no pouco tempo que este dedica a orar. No entanto, se amamos verdadeiramente a Deus não podemos ficar sem saber o que dizer, o que falar, o que orar a Ele..Billy Grahann disse: “Quem ora muito recebe muito; quem ora pouco recebe pouco; e quem não ora nada não recebe nada!” A maior tragédia na oração não são as orações não respondias e sim as nunca foram feitas. Talvez este seja um dos motivos de Deus permitir certos problemas em nossas vidas, porque se nossos problemas nos fazem orar mais, eles só por isso já nos fizeram mais bem do que mal. A oração é comparável a uma chave para abrir portas. Não importa se a chave é feita de ouro ou de ferro, ou de latão. Ele só abrirá a porta se o seu desenho se encaixar perfeitamente com a fechadura da porta, e no caso da oração este desenho é a fé.Devemos parar de orar meramente por nossos problemas e passar a orar por nossas soluções, transformando as suas petições em verdadeiras profecias pela fé. Quando oramos desta maneira transformamos derrotas em vitórias, fracassos em sucessos e até mesmo transformaremos nossas dívidas em dividendos.

Pr. Aluizio de Moraes Filho- Dir. IFC - Instituto de Formação Cristã -RJ

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Senhores do seu Destino

“Mas o fruto do Espírito é: ... domínio próprio”

Uma das características do fruto do Espírito é o domínio próprio, e o domínio próprio é algo que vai muito mais além de um autocontrole, de uma capacidade de frear-se e não fazer alguma coisa. A palavra domínio vem da idéia de senhorio, de um controle total, portanto o domínio próprio não apenas controlaria a minha ira ou indignação impedindo-a de se manifestar, como conduziria a mesma ira ou indignação aplicando-a no que seria necessário, bem como quando e como seria ela aplicada. 

A própria palavra bíblica para Reino, em especial Reino de Deus, Basiléia, tem um significado mais amplo que unicamente reino, que é o de reinado, isto é exercício de plena autoridade ou controle, não se limitando a fronteiras físicas, econômicas ou culturais. E esta palavra na sua forma latina é domínio. Isto significa dizer que se o Domínio (Reino) de Deus chegou até nós não devemos aceitar nenhuma outra dominação (senhorio) ou dominador (senhor) em nossas vidas. Ninguém pode servir a dois senhores, só é possível se ter um só senhor, um só dominador. “Como a Bíblia nos diz eu não me deixarei dominar por nenhuma destas coisas, há somente lugar para um Dominador em minha vida, e este é Jesus, que pelo dedo de Deus expulsa demônios, e por isso sabemos que o Reino (Domínio) de Deus é chegado sobre nós”, pois os “dominadores deste mundo tenebroso não têm lugar em nossas vidas.

Aqueles que têm Cristo como seu Senhor, isto é o seu Kurios, Amo e Senhor, Dono, Dominador, andam no Espírito e não fazem a vontade pecaminosa da carne, pois só vivem para agradar o seu Senhor e isto por meio da fé. E já que andam no Espírito manifesta em suas vidas o frutificar do Espírito com o domínio próprio, isto é, com a dominação de sua própria vida, e assim se tornam senhores de suas próprias vidas, e por isso pela graça de Deus no Seu poder são os dominadores de seu próprio destino. O destino de uma pessoa, o seu futuro é algo incerto, mas para os eleitos de Deus o seu destino é a glória, é um destino certo para a eternidade, e para o tempo presente é a vitória, pois Ele sempre nos conduz em triunfo, com todas as coisas cooperando para o nosso bem, e por isso somos mais que vencedores em Cristo Jesus. Se Deus é o meu Senhor eu sou o Senhor de meu destino, e o meu destino como servo deste onipotente Senhor é fazer plenamente a boa, perfeita e agradável vontade Dele para as nossas vidas.

Pr. Aluizio de Moraes Filho- Dir. IFC - Instituto de Formação Cristã -RJ

 

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